estudante
Nelson Rafael Pineda1 & Andréa Veríssimo2
1. Antecedentes recentes do mercado mundial
O mercado mundial de carne bovina no ano de 2001 foi marcado por problemas sanitários que alteraram o equilíbrio e o relacionamento comercial em vários lugares do planeta. Epizootias de febre aftosa se desenvolveram em América do Sul e na Europa, como também casos de ESB apareceram pela primeira vez em alguns paises da EU, na Europa do Leste e no Japão. O consumo de carne não somente caiou nos paises afetados por casos de ESB, mais também em outros paises da Europa e no Oriente Médio e Japão. As exportações da Argentina e do Uruguai desceram vertiginosamente. Paises Árabes e a Rússia proibiram a entrada de carne da comunidade européia, as exportações de carne in natura caíram 44% e as congeladas chegaram a níveis insignificantes. Globalmente as quantidades intercambiadas de carne bovina foram drasticamente reduzidas.
No fim do ano 2000 e inicio de 2001 o consumo de carne nos paises membros da comunidade européia encontrou seu ponto mais baixo, em média o consumo caiou de 11% em relação ao ano de 1999. Os preços caíram ao redor de 15% sobretudo na Alemanha e nos Paises Baixos (OFIVAL ANNUAIRE, 2001)
Esta crise modificou o cenário mundial da carne bovina e criou novas oportunidades de negócios para a carne brasileira no ano de 2002, de outro lado o consumo de carne bovina nos clientes tradicionais do Brasil na comunidade européia se recuperou e voltou aos patamares de 1999. Os mercados que mais se destacaram nas vendas externas da carne brasileira, em 2002 foram o Reino Unido responsável por importações no valor de US$ 151 milhões, seguido pelos Paises Baixos, com US$ 119,7 milhões, os Estados Unidos, com US$ 118,9 milhões e Chile, com US$ 112,3. Os grandes destaques foram a Rússia que importou US$ 45,9 milhões em relação a US$ 1.9 milhões em 2001 e a Arábia Saudita, com vendas de US$ 65,5 milhões com um aumento de 56,8% em