analise do livro mentes perigosas

As fronteiras da normalidade e da anormalidade são relativas, circunstanciais e mutantes, sendo que delimitar esses padrões não é tarefa fácil. Esse tema tem divergentes pontos de vista, sendo que o ponto de partida é a consciência, que em suma é o senso de responsabilidade baseado nos vínculos emocionais. No livro Mentes Perigosas- o psicopata mora ao lado, Ana Beatriz Barbosa Silva faz um apanhado da análise desse transtorno, articulando a psiquiatria ao direito. Ela denomina a consciência como uma espécie de entidade invisível, que possui vida própria, que independe da nossa razão e que nos impele a fazer o bem, frisando ainda que os temidos psicopatas não são apenas como nós imagimos, sujeito com cara de mau, truculento, de aparência descuidada, pinta de assassino e desvios comportamentais tão óbvios que poderíamos reconhecê-lo, pelo contrário esses predadores estão em nosso meio, camuflados de boas aparências,charmosos, eloqüentes, inteligentes, sedutores e necessariamente manipuladores, por isso costumam não levantar a menor suspeita de quem realmente são.

Os psicopatas são pessoas frias, transgressoras de regras sociais, sem consciência e desprovidas de sentimento de compaixão ou culpa, não têm arrependimento e não teriam consciência, estão sempre em busca de tirar vantagem de uma situação. Por essa razão em tese a psicopatia não tem cura, ou tratamento viável, pelo menos não por qualquer terapia que trata um mero desvio comportamental, porém já esta disponível medicação que busca minimizar a excitabilidade do comportamento e também estudos que indicam a diminuição da probabilidade de reincidência criminal depois dos 40 anos. Apesar dessa possível melhora os psicopatas não deixam de ser um perigo para a sociedade e para a vida em comum, representam a minoria da população mundial, porém são responsáveis por um grande rastro de destruição, uma vez que essas pessoas do “mal” se unem na busca de interesses comuns, fazendo-se necessário um