estruturas
Apesar do atual discurso pedagógico valorizar a produção textual no ensino da Língua Portuguesa, percebe-se que o tradicionalismo impõe-se a todas as tendências e tentativas de mudanças na prática. Professores têm privilegiado, no ensino de Língua Portuguesa, os conteúdos gramaticais de maneira sistematizada, esquecendo-se de que, somente no desenvolvimento da produção de texto, quando o escritor direciona a sua própria escrita, esses conhecimentos são úteis.
O conhecimento dos aspectos gramaticais e discursivos não faz do aluno um bom escritor. É preciso que as dificuldades e problemas sejam trabalhados, objetivando contribuir para a capacitação dos alunos na produção de textos que atendam aos critérios de clareza, precisão, correção e organização.
À medida que as bancas de vestibulares foram-se apercebendo de que os candidatos não conseguiam expressar suas idéias de maneira organizada, a redação passou a ter um peso maior na seleção, chegando mesmo a ser considerada uma prova eliminatória. A partir de então, a produção de textos passou a ser mais enfatizada em todas as séries, principalmente no ensino médio, em que o vestibular tornou-se um dos principais objetivos/alvos da escola, do professor, do aluno e da família.
Diversos estudos e manuais sobre tal aprendizado foram produzidos; no entanto, quase nada se modificou. A dificuldade permanece e, em muitas escolas,“modelos” ou “receitas” são ensinados aos alunos, principalmente nas terceiras séries do ensino médio e nos cursinhos, com propósitos imediatistas, não proporcionando oportunidades ao aluno/vestibulando para o desenvolvimento de habilidades que verdadeiramente favoreçam a maturidade e a criatividade na produção textual.
Muitos alunos são reprovados por causa das dificuldades para redigir um texto, pois não conseguem organizar e expressar as idéias de forma clara, precisa e coerente. Sem dúvida, boa parte dessa dificuldade está relacionada com a não utilização