Estruturalismo
O Estruturalismo é um movimento cultural e um método de análise praticado nas ciências do século XX, sobretudo nas ciências humanas a partir da década de 1960. Entretanto, "estruturalismo" não se refere a uma "escola" claramente definida de autores, embora o trabalho de Ferdinand de Saussure seja geralmente considerado um ponto de partida. O estruturalismo é mais bem visto como uma abordagem geral com muitas variações diferentes. Como em qualquer movimento cultural, as influências e os desenvolvimentos são complexos. Metodologicamente, é a interpretação de sistemas em grande escala examinando as relações e as funções dos elementos que constituem tais sistemas, sem levar em consideração fenômenos individuais. Ele busca entender a realidade social por meio de um conjunto de relações e inter-relações pelas quais um significado é produzido dentro de uma cultura.
De acordo com esta metodologia, os significados são produzidos e reproduzidos em uma cultura por meio de práticas, fenômenos e atividades que formam um sistema de significação.
Partindo da Linguística e da Psicologia do princípio do século XX, o Estruturalismo alcançou o seu apogeu na época da Antropologia Estrutural, na escola de psicologia de Wilhelm Wund, onde se pretendia determinar a estrutura da mente com a finalidade de compreender os fenômenos mentais através da decomposição dos estados da consciência produzidos pelos estímulos ambientais. As sensações visuais, táteis e olfativas foram medidas e classificadas, os sentimentos e emoções foram pesquisados e a introspecção, olhar para dentro, foi adotado. Os estudos de Wund deram origem a diversas ramificações e tendências, entre elas está o Estruturalismo.
O Estruturalismo fez do francês Claude Lévi-Strauss o seu mais celebrado representante, especialmente em seus estudo sobre os indígenas no Brasil e na América em geral, quando dedicou-se à “busca de harmonias insuspeitas”. Strauss desenvolveu também a chamada Teoria da Linguagem,