Estruturalismo Formatado
E. B. Titchener alterou dramaticamente o sistema de Wundt, enquanto jurava ser um seguidor leal. Ele propôs a sua própria abordagem, a que deu o nome de Estruturalismo. Contudo, os dois sistemas eram radicalmente diferentes, e o rótulo Estruturalismo não pode ser aplicado à psicologia de Wundt, mas sim à obra de Titchener.
Wilhelm Wundt reconhecia elementos ou conteúdo da consciência, mas a sua atenção se concentrava, primordialmente, na organização ou síntese desses elementos em processos cognitivos de nível superior mediante o princípio da percepção. Para ele, a mente tem o poder de sintetizar, espontaneamente, elementos. Uma posição que contrariava a noção mecânica e passiva da associação favorecida pela maioria dos empiristas e associacionistas britânicos.
Titchener aceitou o foco empirista e associacionista sobre os elementos ou conteúdos mentais e sua ligação mecânica através do processo da associação. Descartou a ênfase wundtiana na percepção e se concentrou nos elementos que compõem a estrutura da consciência. Segundo Titchener, a tarefa fundamental da psicologia é descobrir a natureza dessas experiências conscientes elementares, ou seja, analisar a consciência em suas partes separadas e, assim, determinar sua estrutura. Para consegui-lo, Titchener modificou o método introspectivo de Wundt, tornando-o mais parecido com o de Külpe.
O sistema de Psicologia de Titchener
Para Titchener, o objeto de estudo da Psicologia é a experiência consciente dependente das pessoas que passam por ela, ou seja, os psicólogos veem os fenômenos a partir do modo como o observador humano os vivencia.
Na experiência consciente, o observador não pode cometer o “erro de estímulo”, isto é, confundir o processo mental com o estímulo observado. O objeto da observação não deve ser descrito com a linguagem cotidiana e, sim, em termos do conteúdo consciente da experiência. Quando se concentra no objeto apenas como estímulo, e não como no processo