Estrutura de Mercados
As discussões acerca do conceito de cadeia produtiva no Brasil intensificaram-se a partir do início dos anos 90, e na área do leite se iniciou na segunda metade daquela década.
As empresas, as grandes em especial, precisaram reagir, por um lado, à abertura do mercado nacional decorrente da definição da política do governo federal que visava combater a inflação via entrada de produtos importados, e, por outro, ao efeito do aumento da demanda nos dois anos que sucederam o Plano Real. A forma como as empresas de laticínios reagiram a esse contexto é colocado por Martins (2005) como a busca por ganhos de escala em todas as etapas produtivas, investindo em plantas industriais de grande porte, redimensionando os seus canais de distribuição, redefinindo estratégias de abordagem do mercado varejista e investindo em diferenciações dos produtos frente ao consumidor. Dessa forma, diminuíram custos, racionalizaram rotinas administrativas e processos de produção e distribuição. O aumento da produtividade passa a ser muito importante e a busca por ganho de escala apresenta característica essencial para os produtores que queiram manter-se competitivos.
A exemplo de outras cadeias agroindustriais, a cadeia produtiva do leite no Brasil é composta por várias instituições e agentes, os quais são definidos por Gomes e Leite (2001) como sendo: produtores de insumos para agropecuária e para indústria laticinista; produtores de leite; unidades de captação de matéria-prima; indústrias processadoras; agentes de distribuição de produtos processados e consumidores.
A respeito do setor de insumos, esses autores afirmam que é extenso e responsável pelo fornecimento de todos os fatores de produção necessários para os setores produtivo e industrial. Caracteriza-se por ser bem organizado, por concentrar-se em áreas dinâmicas do
Brasil, possuir número pequeno de fornecedores com parcela significativa do mercado na maioria dos insumos, possuir custos de