Estrutura da matéria
AS ORIGENS DA TEORIA QUÂNTICA
Havia um problema sério com o modelo atômico de Rutherford: de acordo com todos os princípios da física conhecidos em 1911, um átomo contendo um núcleo pequeno positivamente carregado deveria ser instável. Se os elétrons estivessem parados nada os impediriam de serem atraídos para o núcleo. Se eles tivessem um movimento translacional em volta do núcleo segundo uma trajetória circular, as leis do eletromagnetismo, na época bem estabelecidos, prediziam que o átomo deveria emitir luz dissipando energia continuamente, até que todo o movimento dos elétrons cessasse. Dois anos depois de Rutherford ter lançado sua proposta, Niels Bohr tentou resolver o aparente paradoxo analisando a estrutura atômica utilizando a teoria quântica da energia, o qual havia sido desenvolvido por Max Planck, em 1900. Entretanto, antes de citar as idéias de Bohr com relação ao comportamento dos elétrons no átomo, vamos examinar os experimentos que levaram ao desenvolvimento dos princípios utilizados por Bohr.
A TEORIA CLÁSSICA DA RADIAÇÃO
A idéia que a luz é constituída por ondas eletromagnéticas deslocando-se no espaço foi aceita sem contestação, até 1900. Ou seja, todos os experimentos que utilizassem a luz poderiam ser explicados, imaginando-a como uma combinação de campos elétricos e magnéticos oscilantes propagando-se pelo espaço. De acordo com a teoria eletromagnética clássica, a energia contida ou transportada pela onda eletromagnética deveria ser proporcional ao quadrado das amplitudes máximas das ondas devido aos campos elétrico e magnético. Segundo esta teoria, a energia de uma onda depende somente de sua amplitude, e independe de sua freqüência ou comprimento de onda.
A teoria eletromagnética explicava com perfeição fenômenos ópticos tais como a difração e o espalhamento. Estes fenômenos ocorrem quando as ondas encontram partículas aproximadamente do mesmos tamanho que o comprimento de onda da luz. Entretanto, apesar dos