Estresse pós-traumático

DEFINIÇÃO

O Transtorno de Estresse Pós-Traumático foi primeiramente nomeado, conforme KAPLAN et al. (1997) durante a Guerra Civil Norte Americana como “coração de soldado”. Já na Primeira Guerra Mundial foi conhecida como “choque de granada”, devido a suspeita que seria o resultado do trauma cerebral causado pela explosão de bombas. Na Segunda Guerra Mundial sobreviventes apresentavam sintomas similares ao Transtorno de Estresse Pós Traumático, porém foi reconhecido como “Neurose de Combate” ou “Fadiga Operacional”.

Predominava-se nesta época a forte influência da Psicanálise, principalmente no Estados Unidos, onde surge o diagnóstico de “Neurose Traumática”, sendo que envolvia a suposta reativação do conflito ocorrido anteriormente e não resolvido pelo evento traumático. KAPLAN et al. (1997) destaca que em 1941 ocorreu um incêndio em um clube noturno em Boston (EUA) onde os sobreviventes mostraram nervosismo, fadiga e pesadelos. Logo com a junção Psiquiátrica e os veteranos do Vietnã, trouxeram o conceito de Transtorno de Estresse Pós-Traumático.

Segundo a APA (2003) o Transtorno de Estresse Pós-Traumático é definido essencialmente por sintomas característicos após a exposição a um estímulo estressor traumático, podendo ser pela experiência pessoal de eventos reais ou ameaçadores que apresentem risco de morte, ou risco a integridade física do indivíduo. Este estímulo desencadeador pode também estar presente em eventos ocorridos por terceiros, tais como: testemunhar a morte; ferimentos ou ameaça a integridade física de outra pessoa, ferimento sério ou ameaça de morte experimentados por um membro da família ou outra pessoa com estreita relação com o indivíduo, entre outros.

Neste contexto, SOARES, LIMA (2003) afirma que, em nossa sociedade há uma exposição crescente de eventos que podem se associar ao trauma psicológico decorrente do aumento da violência urbana, acidentes e a mídia, que pode amplificar o número de sujeitos