ESTREPTOQUINASE
Introdução
A estreptoquinase (SK) é obtida a partir de caldo de cultura de Streptococcus beta-hemolíticos, forma um complexo equimolar com o plasminogênio. Esse complexo resultante converte o plasminogênio em plasmina, a protease ativa que degrada a fibrina presente nos coágulos sanguíneos. Esta enzima é hoje amplamente usada como agente trombolítico no tratamento do infarto agudo do miocárdio e outras desordens circulatórias. A baixa produtividade da estreptoquinase a partir das células de Streptococcus e a patogenicidade deste microrganismo são as principais razões para a exploração da tecnologia de DNA recombinante para produção desta importante proteína. Escherichia coli é o microrganismo mais comum utilizado para produção de proteínas heterólogas e o método de preferência para o aumento da concentração de proteínas recombinantes proporcional à densidade de células e produção de produtos específicos da célula, é a estratégia em batelada alimentada.
Desenvolvimento
Os agentes fibrinolíticos mais comumente usados na terapia trombolítica são a estreptoquinase (SK), a uroquinase (UK) e o ativador de plasminogênio tipo tecidual (TPA) estes dois últimos são encontrados na corrente sanguínea1. O TPA e a UK, apesar de serem relativamente inertes imunologicamente quando comparados à SK, possuem significante redução de meia-vida in vivo, além de serem consideravelmente mais caros que a SK; portanto, a estreptoquinase é a droga de escolha no tratamento trombolítico2.As estreptoquinases (EC 3.4.99.22) são um grupo de proteínas extracelulares produzidas por uma variedade de linhagens de Streptococcus beta-hemolíticos dos grupos A, C e G de Lancefield3. A identidade entre a sequência de aminoácidos da estreptoquinase produzida pelos grupos A, C e G é de 80–98% 4, e o primeiro gene de estreptoquinase (skc) clonado e sequenciado foi o de Streptococcus dysgalatiae subsp. Equisimilis (do grupo C de Lancefield)5. Anos mais tarde, outras sequências