Estratégias discursivas e argumentação
No livro "Lingua(gem), texto, discurso: entre a reflexão e a prática", da autora Glaucia Muniz Proença Lara, é exposto um capítulo denominado "Estratégias discursivas e argumentação", escrito pelo autor William Augusto Menezes (UFOP).
O capítulo introduz falando da grande importância que tem a argumentação em nosso cotidiano, não só uma grande importância, como algo que não conseguimos viver sem praticar. Dando um grande exemplo como o nosso despertar, e como através do despertar já começamos a argumentar conosco mesmo no que fazer e no que não fazer durante o dia, o que é relevante e o que não é.
Seguindo o campo da argumentação oral, William Menezes, apresenta-nos a Pragmática de Austin e Searle, mostrando-nos como colocar o discurso como um espaço de ação no campo da linguagem.
"Ao sustentar um argumento, podemos persuadir ou convencer alguém. Se eu o aviso de qualquer coisa, posso assustá-lo ou alarmá-lo, pedindo alguma coisa, posso levá-lo a fazê-la; informando-o posso convencê-lo". (Searle, 1981. APUD. Lingua(gem), texto, discurso: entre a reflexão e a prática. Lara, Glaucia Muniz Proença)
Utilizando quatro critérios básicos, sendo eles: I- Condição de conteúdo proposicional: que as normas linguísticas sejam reconhecidas pelo interlocutor e que façam sentido à sua ação futura; II- Condições preparatórias: que o locutor tenha um cargo que lhe permita dar ordens ao interlocutor, como a relação patrãoxempregado; III- Condição de sinceridade: que o locutor realmente queira que o interlocutor faça aquilo que ele está pedindo; IV- Condição essencial: que o interlocutor siga com que foi pedido.
Sendo importante não lesar ou causar dano ao interlocutor através de seu discurso, como fazer promessas e não ter intenção de cumpri-las, ou até na relação patrãoxempregado, não usando tons autoritários para não gerar no discurso um tom de ameaça.
Segundo Perelman, a argumentação tem como meta provocar uma ação