estratégias de relativização nos falares universitários
Amanda Almeida de Jesus²
Esse minestudo de caso objetiva-se em estudar as estratégias de relativização do português brasileiro no falar de universitários.
A relativização ocorre em orações subordinadas adjetivas que exercem a função de adjetivo dentro da estrutura da oração principal. Tais orações são sempre iniciadas por um pronome relativo e podem ser classificadas em restritivas e explicativas.
A gramática tradicional aceita como correto apenas a chamada relativa padrão que podemos observar no seguinte caso:
1ª O caminhão com o qual eu trabalhava era de última geração.
Para facilitar a comunicação, os usuários da língua falada tendem a simplificar a língua, com isso muito utiliza a sentença abaixo, cujo uso não é aprovado pela gramática tradicional:
2ª O caminhão que eu trabalhava era de última geração.
Nessa sentença, suprime-se a preposição com deixando apenas o pronome relativo que, essa é a relativa cortadora que segundo (BAGNO,2001) recebe esse nome, pois a preposição que o verbo rege é “cortada”.
Outra estratégia também não aprovada pela gramática normativa é a relativa copiadora que recebe esse nome, pois há uma repetição do elemento que deveria ser substituído pelo pronome relativo:
3ª O caminhão que eu trabalhava com ele era de última geração.
Nessa situação, repete-se o sujeito.
Para a gramática contemporânea, tais estratégias fazem parte da evolução natural da língua, onde os usuários tendem a simplificar a comunicação, adotando meios por muitas vezes distintos dos recomendados pela gramática normativa.
Objetivando estudar como essa estratégia ocorre na fala dos estudantes universitários, entrevistou-se dois informantes estudantes da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia-UFRB, do curso de licenciatura em Pedagogia sendo um homem, 24 anos e 4° semestre e uma mulher, 22 anos 2° semestre. Essas pessoas