Estrategias de gestão - investimento em treinamento
A classificação contábil pode ser um reflexo da forma como a liderança realiza a classificação mental do que é treinamento. Quando entendido como mero custo, o treinamento é encarado como um mal necessário. Não se sabe exatamente a que fim serve, mas todas as organizações praticam e, por isso, deve ter alguma utilidade. Ou ainda, treina-se apenas para atender às exigências de órgãos fiscalizadores oficiais ou de clientes. Entender o tema sob essa primeira abordagem conceitual é importante, mas não é suficiente, pois a liderança pode, por mera conveniência, alardear que vê o treinamento como um investimento, mas sem refletir este discurso na prática. Para saber se a organização é consistente ao classificar o treinamento como investimento, propõem-se algumas questões: 1) A organização tem metas estabelecidas? Se não, a que o treinamento estará alinhado? 2) A organização identificou as competências que já possui ou que deseja possuir? Caso negativo, como será possível um planejamento de treinamento para aprimorar e (ou) desenvolver competências? 3) A organização tem um programa estruturado para reter os talentos em áreas identificadas como vitais para o negócio? Se mais uma vez a resposta for negativa, significa que as pessoas não praticam na organização o conhecimento adquirido e – o agravante – terminam por fazê-lo na concorrência. Nesses três casos, sem dúvida, o treinamento é um custo, pois não dá retorno à organização, ou o faz abaixo do potencial possível. Se as respostas às questões anteriores forem afirmativas isso irá mostrar que o treinamento pode, de fato, contribuir de forma decisiva para o sucesso do negócio da organização. Para usar os termos que normalmente se atribuem a estas palavras, Treinamento e Desenvolvimento são, respectivamente, preparar os colaboradores para as funções que lhes cabe executar agora e prepará-los, ou alguns deles, para funções que virão a exercer. Ou seja, ter um olho no