estrategias de flexibilidade
HOLANDESA: da conversão à multifuncionalidade
No artigo “ESTRATÉGIAS DE FLEXIBILIDADE NA ARQUITECTURA DOMÉSTICA HOLANDESA: da conversão à multifuncionalidade”, Rita Abreu e Teresa Heitor discutem o conceito de "flexibilidade no quadro da habitação coletiva, a capacidade de adaptação do espaço doméstico aos usos praticados pelos moradores, de modo a responder ao longo do tempo com eficácia e em condições de segurança física, às suas necessidades e expectativas", empregando como campo de investigação a experiência holandesa.
O tema se dá da diversidade de hábitos e modos de vida da população urbana e da necessidade e preferências face ao espaço doméstico para questionar as tradicionais formas de habitação e a inevitabilidade de propor modelos alternativos. ABREU E HEITOR (2007) entendem a flexibilidade como a "capacidade do espaço físico se adaptar ao processo dinâmico do habitar na medida em que o uso do espaço doméstico se apresenta como um processo variável e dinâmico. Variável porque os usos praticados estão relacionados com os modos de vida dos moradores e com os seus valores, níveis culturais e singularidades, e portanto, não são universais. Dinâmico porque os usos acompanham a evolução da sociedade e como tal não se mantém fixos no tempo.”
As autoras citam BRAND(1994) e Leupen (2002), e sua diferenciação de “elementos arquitetônicos”, a serem considerados nas estratégias de flexibilidade: Envolvente (localização e tipo de inserção urbana), Estrutura (fundações e elementos estruturais), Invólucro exterior (superfícies exteriores de fachadas e coberturas), Serviços (redes técnicas de águas e esgotos, eletricidade, gás, aquecimento, ventilação, ar condicionado, TV, telefone e Internet e respectivos equipamentos), Acessos/circulação (escadas, corredores, elevadores, galerias) e a Configuração espacial (elementos do interior como paredes, tetos, pavimentos, portas, etc.).
O artigo desenvolvido