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Foto: Elza Fiuza/ABr
A produção agrícola mundial deverá crescer em média 1,5% ao ano ao longo da próxima década, em comparação com o crescimento anual de 2,1% entre 2003 e 2012. É o que aponta um novo relatório divulgado nesta quinta-feira (6) pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
A pequena expansão de terras agrícolas, o aumento dos custos de produção, a crescente escassez de recursos e o aumento das pressões ambientais são os principais fatores por trás dessa tendência. No entanto, o relatório defende que a oferta de produtos agrícolas deve acompanhar o ritmo da demanda global.
“A América Latina, especialmente o Brasil, continua sendo um importante centro da produção agrícola e espera-se que, junto com o leste europeu, seja um dos principais provedores de mercados agrícolas na próxima década”, disse Mario Mengarelli, representante regional da FAO para o tema.
De acordo com o relatório “Perspectivas sobre a Agricultura da OCDE-FAO para 2013-2022″, em 2022 o Brasil continuará sendo o maior exportador de açúcar, com 50,7% do setor; de aves, com 33%; e de carnes bovinas, com 17,3% da exportação mundial.
Os especialistas apontam que a agricultura tornou-se um setor cada vez mais orientado pelo mercado e não pelas políticas, como era no passado, oferecendo aos países em desenvolvimento oportunidades de investimentos e benefícios econômicos devido a sua crescente demanda por alimentos, para além do possível aumento da produção e das vantagens comparativas em muitos mercados mundiais.