estrada e ser- poesia
Era a estrada mais delirante vivida,
A idéia mais pulsante...
A sordidez programada pelas bizarrices tomava conta do que mais valor continha...
Sabíamos que as surpresas não estavam escondidas e a nova amiga já virava indiscreta..
Tínhamos a idéia certa engatilhada num erro alheio que teimava em absorver todo o mal dos nossos corações.
Vagamos por caminhos tortuosos,
Deixamos o amor esvair-se...
Não era mais a lembrança madura que nos atormentava.
Tinhamos a solidão instalada nos sonhos e a teimosia ainda nos abatia diariamente.
Os olhos cansavam-se de não enxergar, pois o desespero tomara conta do enredo.
Éramos a nulidade incorporada na divindade, esperando a embriaguez passar, mas o corpo cansado e dominado não conseguia erguer-se, nem ao menos deixava o veneno escorrer das veias.
Deixamos a estrada,
Soltamos nossas lastimas,
Mutantes esvaindo em dor n’alguma esquina...
Tornava-se pesado demais existir.
A irregularidade das formas coexistia, mantinha a virilidade contida, deixava ainda mais difícil a superação.
Foi o teu cheiro que salvou-me da estinção.
Arrancou-me como um câncer lacerando as entranhas, despindo a tristeza e incorporando a verdade
Ser
Não saberia explicar os giros do meu conceito.
Eram apenas uns trejeitos de um novo sujeito, beirando a essência de estar e não ser, tentando inutilmente alcançar as idéias do não saber!
Era uma nota perdida, cintilando os sons da minha ignorância, tentando convencer os fracos de que a força é inútil e que apenas a vontade é valida.
Fui chamado e chamariz, palavras perdidas por um triz riscando as calçadas com a vontade dos mais torpes seres, buscando isolar a maldade sem saber aonde a maldade está agora.
Sou a claridade das fazendolas com suas ninfetas cavando esmolas, plantando frutos inférteis no chão regado de lágrimas.
Sou a escuridão dos edifícios escondendo a essência dos que se odeiam e perpetuando a perversão dos