Estoicismo
Programa de Graduação em Publicidade e Propaganda
Estoicismo
Filosofia
Belo Horizonte
2015
O Estoicismo Com o início do período Helenístico, marcado pela invasão de Alexandre Magno, houve uma ruptura significativa nas noções já consolidadas de cidadania e democracia, uma vez que a lei passa emanar do imperador e o indivíduo, que antes tinha a condição cidadão, se torna súdito do imperador. Tal fato tem influência direta no desenvolvimento da filosofia desse período, uma vez que a ruptura dessas noções e a perda da importância política provoca no indivíduo a busca por uma identidade e pela felicidade pessoal, voltando a ideia do conhecimento para o próprio indivíduo. Nesse contexto, e sobre a premissa “Como ser feliz apesar de toda a adversidade”, surgem as chamadas Correntes do Helenismo, dentre as quais se enquadra o estoicismo. Tendo como fundador Zenão de Cítio (século III a.C.), o estoicismo tem sua origem no pórtico (Stoa) em Atenas, e baseia-se na ideia de Heráclito de que o universo é corpóreo e governado por um Logos divino. Segundo os estoicos, a alma está identificada com este princípio divino como parte de um todo ao qual pertence. Ainda segundo os estoicos, essa razão universal rege todas as coisas, ou seja, tudo surge a partir dela e de acordo com ela, e, graças a ela o mundo é um kosmos.
É característico do estoicismo a ideia de cosmopolitismo, na qual o homem é cidadão do mundo (“membro da grande cidade dos homens e deuses”), uma vez que considera que todo indivíduo é uma manifestação do espirito universal único e, portanto, deveriam ajudar uns aos outros de maneira eficaz e em amor fraternal.
No que se refere à lógica, os estoicos buscavam conhecer a razão de todas as coisas, baseando-se na crença de que a razão está presente na matéria, o que os torna capaz de dar sentido à natureza e à ética. Esse materialismo condiz com a ideia de que o verdadeiro conhecimento é atingido