Estoicismo
Filed under: Religare — O. Braga @ 6:44 pm
Tags: estoicismo, filosofia O período da filosofia grega de Sócrates a Aristóteles é marcado pela preocupação do equilíbrio entre a ciência (Razão), a virtude e o prazer. Trata-se de um período em que a filosofia se preocupou com questões morais. Esse equilíbrio entre a ciência e a virtude foi quebrado pelos “cínicos” (literalmente, “os que viviam como cães”) que favoreciam a virtude em detrimento da ciência, e a partir daí toda uma série de teorias se radicalizaram para cada um dos lados. Enquanto Sócrates dizia que “a virtude é ciência”, os estóicos passaram a dizer que “a ciência é virtude”.
O estoicismo terá sido uma das correntes filosóficas que mais marcou a história da filosofia, para o melhor e para o pior. Por exemplo, o conceito de “necessidade” determinística da ordem cósmica que mais tarde influenciou Espinosa foi desenvolvido pelos estóicos. A “ética do dever”, de Kant, foi nitidamente influenciada pelo estoicismo. A noção de “proposição” que marcou posteriormente a teoria da linguagem neopositivista, a noção da Lógica como uma dialéctica, a teoria do “ciclo cósmico” e do “eterno retorno” que Nietzsche plagiou, tudo isso foi desenvolvido pelos estóicos.
O estoicismo nasceu com um discípulo de Aristóteles, Zenão de Citrum, no século IV a.C., e o nome da escola baseou-se no local onde funcionou em Atenas (Stoà poikíle), isto é, a escola do “Pórtico Pintado”.
Os estóicos terão sido os primeiros a tentar racionalizar a ética, isto é, tentaram desligar a ética da metafísica, matéria com que se debate ainda o materialismo filosófico da actualidade (sem solução à vista). Para isso, os estóicos dividiram as virtudes em três categorias: a “natural”, a “moral” e a “racional”, sendo que à virtude “natural” correspondia a Física, à virtude “moral” correspondia a Ética, e à virtude “racional” correspondia a Lógica.
A Lógica e a Física
A Lógica dos estóicos assumia duas categorias: a