Estetica e historia da arte
A comunicação interna desenvolve um papel persuasivo, ou seja, de fazer com que os funcionários acreditem na empresa e naquilo que estão fazendo. Para que isso aconteça, é necessário promover uma comunicação sempre horizontal, na qual empregadores e funcionários são tratados como iguais. Quando há a comunicação ascendente, em que a diretoria impõe suas idéias aos empregados, não há o compartilhamento da informação. A queda do vôo 402 da TAM, em 31 de outubro de 1996, é um exemplo deficiência na comunicação interna. Naquela data, o avião com destino ao Rio de Janeiro decolou do aeroporto de Congonhas em São Paulo e 25 segundos depois caiu em uma zona residencial da Vila Catarina, no bairro do Jabaquara. O acidente matou 99 pessoas. Na época, o avião era considerado o símbolo da frota e todos os veículos de comunicação transmitiam durante 24 horas notícias do acidente questionando a segurança da empresa. Diante dessa exposição negativa, Luiz Eduardo Falou, vice-presidente de Marketing da companhia, foi um dos responsáveis pelo gerenciamento da comunicação interna e externa da empresa. “Como executivo, eu tinha várias preocupações. A primeira era fazer a empresa não parar” (FALCO apud ROSA, 2003, p.38). Para combater a crise que envolvia a TAM, Falou teve uma grande preocupação com o funcionamento da companhia, não podia deixar que a tragédia abalasse seu público interno. Sua primeira decisão foi que os vôos não poderiam parar, todos os tripulantes deveriam cumprir sua escala. A estratégia deu certa, todos os funcionários se mobilizaram para que a companhia não parasse. Aqueles que ficaram mais abalados recebiam ajuda de colegas ou eram mandados para casa. Mesmo com o acidente, naquele dia houve uma redução de 15% a 20% no quadro de funcionários (FALCO apud ROSA, 2003, p.39). Depois de apuradas as causas do acidente, o vice-presidente marcou várias reuniões com todos os funcionários explicando o que aconteceu para deixar claro que aquilo já tinha sido resolvido