Esterilização
2.1 Histórico A Antiguidade O conhecimento a respeito do assunto esterilização foi obtido ao longo dos tempos, estando intimamente relacionado ao desenvolvimento da microbiologia, tornando-se praticamente impossível o estudo do primeiro sem nos referirmos ao ultimo. Como se atribui o surgimento da microbiologia à tentativa de solucionar o “problema” da existência da vida e da morte, o conhecimento e o desenvolvimento da esterilização acompanhou passo a passo a solução deste problema. Desde o início dos nossos tempos o homem parece ter desenvolvido e
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aplicado, de alguma forma, processos de purificação e desinfecção, sendo este último o precursor da esterilização. Anticépticos tais como o piche ou alcatrão, resinas e aromáticos foram largamente empregados pelos egípcios no embalsamento de corpos mesmo antes da existência de uma linguagem escrita. Do trabalho de Heródoto (484 – 424 a.c), há indicações de que os egípcios eram familiarizados com os valores anticépticos do ressecamento resultante da utilização de certos produtos químicos como o sal comum. A fumaça originada da queima de produtos químicos também era utilizada pelos mais antigos com o propósito de desodorizar e desinfetar. A purificação de ambientes e a destruição de materiais nocivos e infecciosos através do fogo parece ter se originado também entre os egípcios. A cremação de corpos de animais e de pessoas, especialmente nos casos de guerras, sempre foi pregado pelos mais antigos como forma de descarte, assim como uma maneira de se eliminar odores desagradáveis. Moisés foi o primeiro a prescrever um sistema de purificação através do fogo e, dos livros Levítico e Deuteronômio, podemos perceber que o mesmo foi responsável pelo desenvolvimento de um processo de purificação de ambientes infectados. Os severos mandamentos dados por Moisés (cerca de 1450 a.c.) a
19 respeito do descarte de dejetos, sanitização, tratamento e prevenção da