Este Texto Parte Do Trabalho Apresentado No XIII F Rum De Estudos
Defendemos que o ato educativo libertador na visão freireana se constitui em um exercício de amor e esperança, numa ação transformadora. A revolução que se vislumbra como condição de possibilidade no momento histórico atual será feita com os homens em favor da humanização.
Pois no entender de Freire, o homem não pode ser entendido fora de suas relações com o mundo, de vez que é um “ser-em-situação”, é também um ser do trabalho e da transformação do mundo. O homem é um ser da “práxis”: da ação e da reflexão.
Segundo Freire, “a educação é comunicação, é diálogo, na medida em que não é a transferência de saber, mas um encontro de sujeitos interlocutores que buscam a significação dos significados”. O exercício de entendimento do processo histórico, ou seja, da condição humana, acontece mediante o processo de compreensão do homem como ser histórico-cultural, que, por sua vez, envolve a transformação do mundo e de seus próprios modos de ser. Assim, ao criar novas referências de mundo o homem emerge em novas perspectivas de pensar, nas quais tem o desafio de qualificar as possibilidades a partir da prática, sempre se reavaliando e aperfeiçoando sua ação.
Na práxis freireana, portanto, a dimensão histórica das práticas é um devir, isto é, depende da ação dos homens ao construir à história, que neste caso é entendida como possibilidade. O pensar estratégico do homem está na pertinência de sua ação e da reflexão coerente sobre os propósitos. Sob este aspecto, a compreensão que a história é uma dimensão cultural, resultado da ação dos homens, a partir dos interesses políticos, é indispensável para a libertação deles, pois a desnaturalização das práticas sociais é condição para a