Estatistica
ESTATÍSTICAS E
INDICADORES DE COMÉRCIO EXTERNO
Nota prévia:
O texto que se segue tem por único objectivo servir de apoio às aulas das disciplinas de
Economia Internacional na Faculdade de Economia da Universidade do Porto, não tendo qualquer pretensão de cobrir exaustivamente o tema. Adoptando uma estrutura bastante informal, pretende-se proporcionar aos alunos uma breve explicação do significado e possível utilização dos indicadores de comércio externo mais comuns na literatura.
Esta é a primeira revisão do texto inicialmente escrito em Outubro de 2003. Esse, por sua vez, havia utilizado como base de trabalho notas mais ou menos dispersas preparadas por vários dos docentes que ao longo das últimas duas décadas leccionaram a disciplina de Economia
Internacional nas licenciaturas em Economia e em Gestão. Não existe, por isso, para este texto um autor ou conjunto de autores identificáveis. Ainda assim, cabe ao autor da actual versão a exclusiva responsabilidade por qualquer erro, incorrecção ou omissão.
FEP.UP e Porto,
10 de Fevereiro de 2006
Francisco Barros Castro
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INTRODUÇÃO
Nas diferentes teorias das trocas internacionais está, implícita ou explicitamente, sempre presente o fenómeno da especialização internacional. Este conceito procura realçar a ocorrência de uma divisão do trabalho entre países, a qual se exprime nos saldos positivos ou negativos dos vários ramos de actividade em termos de comércio internacional.
A noção de especialização é importante para que tenhamos presente que optar pela produção e exportação de um determinado bem poderá implicar a renúncia à produção de outro ou outros bens e consequente importação dos mesmos. Mais ainda, este fenómeno resulta normalmente num acréscimo de riqueza para todos os países participantes, um resultado aparentemente contraintuitivo e, como tal, nem sempre fácil de demonstrar.
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