EstampaHistórico de mercado: Quando, nos anos 30, 40 e 50, buscava-se encontrar numa revista informação, cultura ou entretenimento lia- se, muito provavelmente, O Cruzeiro, publicação dos Diários Associados que reinou durante três décadas sobre suas fracas concorrentes no mercado. O Cruzeiro trazia um pouco de tudo e se dirigia a todos, homens e mulheres, jovens ou não, longe da preocupação, hoje obrigatória, de descobrir as preferências de cada um, seus gostos, expectativas ou estilos de vida. Era a “revista da família brasileira”. Tanto é verdade que, em 1950, o Ibope realiza uma pesquisa sobre “a família leitora” de O Cruzeiro, através da qual ficamos sabendo que o seu padrão médio era constituído por pouco mais de cinco pessoas, entre homens, mulheres, crianças menores de 10 anos, crianças com mais de 10 anos e “creados”. Cada exemplar encontrava mais de 4 leitores dentro da mesma casa, percorrendo, como se vê, diferentes sexos, idades e classes sociais. Mas, a partir dos anos 60, em todos os setores culturais, o momento é de grandes transformações: um incipiente mercado de bens simbólicos dá lugar à indústria cultural consolidada. Nos anos 70, o país torna-se o sexto mercado fonográfico do mundo e o sétimo em publicidade. A indústria de revistas m dobra sua produção entre 1960 e 1975, saltando de 104 para 202 milhões de exemplares. Uma nova pesquisa do Ibope sobre circulação de revistas semanais, quinzenais e mensais, realizada na Guanabara, em 1969, mostra que o mercado já se tornara muito mais diversificado, começando a se especializar. Dentre as mais lidas, estavam: Revistas Semanais ø Manchete: ................................ 16% ø O Cruzeiro:............................... 16% ø Fatos e Fotos:............................ 9% ø Grande Hotel: ........................... 7% ø Veja:......................................... 3% ø Revista do Rádio:...................... 2% ø Intervalo:.................................. 1%
Revistas Quinzenais ø