Estagio supervisionado
Editor Ruy Silveira Moraes Co-editor Antonio Claudio Lucas da Nóbrega Colaboradores Renata Rodrigues Teixeira de Castro, Carlos Eduardo Negrão, Ricardo Stein, Salvador Manoel Serra, José Antônio Caldas Teixeira, Tales de Carvalho, Claudio Gil Soares de Araújo, Maria Janieire Nazaré Nunes Alves Coordenador de Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia Jorge Ilha Guimarães
Arquivos Brasileiros de Cardiologia - Volume 84, Nº 5, Maio 2005
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Diretriz de Reabilitação Cardíaca
Introdução
Segundo a Organização Mundial da Saúde, reabilitação cardíaca é o somatório das atividades necessárias para garantir aos pacientes portadores de cardiopatia as melhores condições física, mental e social, de forma que eles consigam, pelo seu próprio esforço, reconquistar uma posição normal na comunidade e levar uma vida ativa e produtiva 1. Há quatro décadas, quando esta definição foi estabelecida, os pacientes acometidos de infarto do miocárdio apresentavam grande perda da capacidade funcional, mesmo após serem submetidos ao tratamento daquela época, que implicava até 60 dias de repouso no leito. Por ocasião da alta hospitalar, os pacientes encontravam-se fisicamente mal condicionados, sem condições para retornar às suas atividades familiares, sociais e profissionais. Os programas de reabilitação cardíaca foram desenvolvidos com o propósito de trazer esses pacientes de volta às suas atividades diárias habituais, com ênfase na prática do exercício físico, acompanhada por ações educacionais voltadas para mudanças no estilo de vida. Atualmente, as novas técnicas terapêuticas permitem que a maioria dos pacientes tenha alta hospitalar precocemente após infarto, sem perder a capacidade funcional. Excluem-se desta condição os pacientes com comprometimento miocárdico grave e instabilidade hemodinâmica, distúrbios importantes do ritmo cardíaco, necessidade de cirurgia de revascularização miocárdica ou outras complicações não-cardíacas. Nos