O livro Rota 66 trata-se de um texto que denuncia na cidade de São Paulo um grupo de matadores composto pela Polícia Militar, de pessoas suspeitas ou inocentes. Logo no começo da obra, o texto prende o leitor de tal forma, que o faz pensar profundamente na história. Caco Barcellos, retrata detalhadamente os crimes e violências policiais na capital paulista, e inclusive cita alguns nomes de políciais corruptos, desmascarando os. O livro é dividido em três partes e nelas é retratado três situações diferentes. O jornalista conseguiu completar o livro após cinco anos de pesquisas intensas e observações pessoais, inclusive menciona no início do livro uma cena de crime policial que vivenciou em sua infância. Para aprofundar as buscas, conseguiu uma permissão do Instituto Médico Legal (IML) para olhar a documentação dos corpos. Muitas vezes usou como base as notícias e editoriais publicados em jornais. O livro se trata sobre diversas histórias em diferentes situações. A Rota era composta por políciais matadores, que ao invez de prender os suspeitos do crime, torturavam e matavam, sem que os suspeitos tivessem defesa nenhuma, e depois disso, ao invéz de levarem os corpos dos suspeitos ao IML, levavam os ao hospital para que as pessoas acreditassem que os policiais estavam prestando socorro. Na maior parte das vezes, o alvo dos militares eram jóvens e pessoas de uma classe social mais baixa que tinham a cor da pele negra ou parda. Barcellos, mostra tamanha indignação com tal situação, que sentiu-se na obrigação de fazer com que esses fatos virassem uma notícia. Em uma de suas pesquisas feitas, foi concluido que na maioria das vezes os policiais matadores tiravam a vida de suspeitos que no final eram inocentes. No final do livro, é deixado claro que as polícias passam a matar “qualquer um”. Qualquer um que desagrade e qualquer suspeito, e as policias acabam por se tornar os vilões da história. Matar um suspeito é uma crueldade e um grande absurdo, nem que os