Estado e Poder-BOBBIO
INSTITUTO DE FILOSOFIA, SOCIOLOGIA E POLÍTICA
CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
CIÊNCIA POLÍTICA I
PROFESSOR: ALVARO BARRETO
O PODER E O ESTADO
NORBERTO BOBBIO
Ana Paula Zini
Pelotas, 04 de maio de 2015
O poder e o estado
O termo “estado” foi substituído por “sistema político”; o que se percebe de parecido entre estado e política é o poder. O estado parte da teoria dos três poderes, o executivo, o legislativo e o judiciário.
Para Aristóteles, na visão axiológica o poder é pensado como uma coisa que se possui, e se usa, como qualquer outra coisa; e se divide em três tipos de poder: o poder do pai sobre a família; o poder do senhor sobre os escravos e o do governo sobre quem é governado. O indivíduo vive no estado de natureza, ele é livre para fazer o que quiser.
No modelo jusnaturalista o poder político não existe; sendo que o governo paternal ou patriarcal, onde o soberano manda nos súditos, e eles são sempre considerados menores de idade; e o governo despótico, onde o soberano trata seus súditos como escravos, e eles não provém de nenhum direito. O indivíduo passa do estado de natureza que ser abandonado, acontece a criação do contrato social, passagem para o estado civil.
Na visão realista existem dois poderes, o do estado que faz política através da força, e o da igreja que detém o poder espiritual, a salvação da alma; o poder político se identifica com o uso da força, e passa a ser o poder que para chegar onde quer tem o direito de usar a força, mesmo sendo a última opção.
Jean Bodin, define o estado como “um governo justo de muitas famílias e daquilo que lhes é comum, com poder soberano”, e o poder soberano como absoluto e perpetuo [1576, trad. it. pp. 345ss.]
O uso da força como elemento do poder político é definido na passagem do estado de natureza, onde cada um faz o que bem entende, sem