Estado novo e economia de guerra
A implantação do estado novo em novembro de 1937 correspondeu ao amadurecimento de tendências já detectáveis, dada a inexistência de estruturas partidárias nacionais e a desestruturação política das forças de 1930, consolidou-se na reversão da descentralização republicana, fortalecendo-se o poder central, sendo criadas novas agencias governamentais com objetivos reguladores na área econômica.
As decisões relacionadas à absorção do choque externo configuram importante reversão da política anterior quanto à do café e cambio, bem como em relação a divida externa. A legislação social favoreceu a classe operaria. Em 1940 iniciou-se a construção da primeira usina siderúrgica integrada brasileira utilizando coque mineral marcou clara mudança na forma de ação do estado. O estado transitou da arena normativa da atividade econômica para a provisão de bens e serviços.
Até 1937, a garantia de uma oferta adequada de divisas era um objetivo explicito da política econômica, foram adotados regimes de controle cambial e de importações. Em 1937 explicitou-se a contradição entre os programas de investimentos públicos e a manutenção dos pagamentos do serviço da divida.
Em fins de 1937 a escassez de divisas, fruto da elevação das importações forçou a adoção do monopólio cambial do governo, com base em uma taxa única desvalorizada, introduzindo-se um sistema de controle cambial.
O controle cambial e de importações depois de 1937 tornou-se o principal instrumento de política comercial. Mais eficaz para conter ou reduzir o nível agregado de importações do que para discriminar em favor das importações definidas como essenciais.
As dificuldades relativas à escassez de cobertura cambial em 1938 deram origem aos protestos usuais por parte dos credores, a missão Aranha aos Estados Unidos marca o inicio de longo período de ralações “especiais” entre Brasil e Estados Unidos. Foi no Departamento de Tesouro norte-americano que emergiu a concepção