Estado Capitalista, Desenvolvimento e Ambiente
Da racionalidade capitalista à formação do Estado como instituição fundamental para a lógica de desenvolvimento
Resumo: Este artigo trata do processo de acumulação capitalista, à luz da lei geral da acumulação para a compreensão da lógica expansível do capital como resultado de uma racionalidade que cria condições preservação e ampliação do capital (HARVEY, 2005).
Abordando também a relação com a formação do Estado e a lógica do desenvolvimento capitalista. INTRODUÇÃO
A racionalidade do modo de produção capitalista provoca a lógica da acumulação que é forte propulsor desse modo de produção e o abalo dessa lógica “é, para Marx, logicamente incompatível com a perpetuação do modo capitalista de produção” (HARVEY, 2005, p.43).
Com essa temática, o presente artigo pretende examinar a partir da argumentação de Harvey em “A produção Capitalista do espaço” (2005), como a dinâmica da acumulação capitalista que torna constantemente necessário o sustento crescente do volume de capital despendido num determinado empreendimento industrial, e a competição faz cada capitalista sentir as leis imanentes da produção capitalista como leis coercitivas externas (MARX, 1967, vol.1: 592)
está articulada à organização espacial do capitalismo.
Em seguida analisar a processualidade da formação do Estado moderno como produto de uma sociabilidade burguesa e seu papel para garantir condições específicas para a expansão territorial do capital.
Por fim, discorrer sobre o debate acerca do desenvolvimento, dialogando com a análise de Harvey sobre os ajustes espaciais do capital, considerando a análise de
Florestan Fernandes em “Sociedade de classe e subdesenvolvimento” (2008, Capítulo 1) que expõe o capitalismo diferenciado porém subdesenvolvido e dependente, que exprime
a
espécie de êxito, conquistado na esfera econômica, pelos antigos povos