Estado Absolutista Italiano
1910 palavras
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1 – Estado absolutista nasceu na era da Renascença. Técnicas administrativas e políticas foram criadas na Itália. O desenvolvimento do capital mercantil nas cidades do Norte impediu um absolutismo nacional. O sul da Itália era a única parte da Europa onde uma hierarquia feudal normanda combinara-se com legado bizantino imperial. Nobres, prelados e cidades foram submetidos à monarquia graças à apurada burocracia. Contando com o apoio dos senhores feudais dispersos pelo Norte, o imperador invadiu a Lombardia. Frederico II estruturou uma administração como Estado monárquico unificado, dividido em províncias. Esses êxitos foram temporários e os Hohenstaufen foram derrotados. O papado foi o vencedor dessa disputa. O papel diplomático dos papas não correspondeu à força política e militar do papado. Só após a Questão das Investiduras com o imperador da Alemanha, o papado adquiriu aparato de corte, com a criação da Cúria Romana. O poder papal seguiu caminhos divergentes: eclesiástica e secular. A maior razão da derrota Hohenstauifen na tentativa de unificar a península residiu na superioridade econômica e social do norte da Itália. (dobro da população e centros urbanos de produção comercial e manufatureira). Os nobres angevinos se apoderaram do sul. O papado foi deportado para Avignon, abandonando a Itália por meio século. As cidades do norte e do centro ficaram livres para promover seu desenvolvimento político-cultural. As cidades entre os Alpes e o Tibre viveram a experiência chamada Renascença – renascimento da civilização da Antiguidade clássica após a escuridão da Idade Média. O paralelismo entre o florescimento urbano na Antiguidade clássica e a Renascença foram produtos de cidades-repúblicas com consciência municipal. Ambas foram dominadas por nobres. Na realidade, a natureza sócio-econômica das cidades antigas e da Renascença eram diversas. As cidades medievais eram enclaves urbanos dentro do modo de produção feudal, existiam numa tensão dinâmica com o campo.