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Dessa forma, delinearemos possíveis mudanças a partir de exemplos práticos já realizados, propondo uma abordagem micropolítica da gestão cultural. A motivação principal desse trabalho é discutir a importância política de entender os mecanismos de poder que se configuram dentro da sociedade para que seja possível encontrar brechas dentro do modelo em que vivemos engendrado pelos processos de subjetividade dominante. Entendemos brechas como ações alternativas, linhas de fuga, resistência ao sistema capitalista que nos é imposto. Encontrar e criar essas brechas, bem como efetivar a micropolítica no campo da gestão cultural é o foco do presente trabalho.
A inquietação/motivação, portanto, é justamente esse paradoxo existente entre o espaço cultural – configurado aqui como espaço urbano, equipamentos e centros culturais, ações e políticas culturais – e, portanto, espaço também de biopolítica, já que a biopolítica está por toda a parte, e a possibilidade de criação de processos de subjetivação não dominantes, individuais e/ou coletivos.
Para tanto, dividimos o trabalho em quatro capítulos, além das considerações finais. O primeiro analisará como a macropolítica é engendrada pela biopolítica, que faz uso de controles disciplinares e normalizadores, até a configuração do sistema capitalista dominante. O segundo