Esquizofrenia
Disciplina: PESQUISA A EDUCAÇÃO FISICA
Data:11/05/2015
A depressão na esquizofrenia
Introdução
Embora o diagnóstico da esquizofrenia esteja baseado nos sintomas positivos e negativos, os sintomas depressivos são bastante freqüentes e têm grande importância para os pacientes. As descrições clássicas da esquizofrenia de Kraeplin e Bleuler já enfatizavam a importância dos sintomas depressivos na evolução da doença. Como os sintomas depressivos não tinham utilidade para a classificação diagnóstica, o estudo desses foi por um longo tempo relegado a um segundo plano. Nas décadas de 60 e 70, com a disseminação de conceitos psicanalíticos na prática psiquiátrica, houve um interesse pelos sintomas depressivos que ocorrem no período que segue a remissão do episódio psicótico agudo. Esses quadros foram denominados de depressão pós-psicótica e eram considerados um sinal de bom prognóstico, bem como uma fase favorável para o trabalho psicoterapêutico. O quadro de depressão pós-psicótica tornou-se bastante conhecido e teve grande influência nas classificações diagnósticas vigentes.
Com a introdução dos instrumentos padronizados na psiquiatria, foram encontradas taxas expressivas de depressão em todas as fases da esquizofrenia. Com isso, modificaram-se alguns conceitos associados ao quadro de depressão pós-psicótica, como a noção de que os sintomas depressivos são um fenômeno restrito ao período pós-psicótico, associado a bom prognóstico.
Depressão e prognóstico
Estudos longitudinais têm considerado a depressão como um indicador de prognóstico desfavorável, associando-a à pior resposta a medicações e ao pior desempenho social,maiores taxas de recaída e hospitalizações mais longas.A depressão tem sido associada a uma pior qualidade de vida, prejuízo de funções cognitivas e suicídio. Aproximadamente 10% dos pacientes com esquizofrenia cometem suicídio, e em mais de 60% desses pacientes o suicídio está associado a sintomas