esquizofrenia
INSTITUTO DE PSICOLOGIA
PSICOPATOLOGIA 2
Aluna: Mariana Lorentz Pires
Matrícula: 3597/03-5
Porto Alegre, 8 de dezembro de 2005.
Diferencial entre Esquizofrenia e Paranóia
Introdução Através do estudo da esquizofrenia durante o semestre, surgiu uma questão que pretendi investigar neste breve trabalho, assim, estudei sobre o tema da diferenciação das duas estruturas correspondentes à psicose, a Esquizofrenia e a Paranóia.
1.O sujeito psicótico
O sujeito na psicose é dividido pela foraclusão, a função paterna é foracluída e com isso não há a simbolização da separação primordial do sujeito em relação à mãe. O psicótico não se libera do Outro, ele não se torna sujeito por inteiro, ele é e permanece entregue ao gozo do Outro. A simbolização da separação da mãe através da função paterna teria como efeito a inclusão da falta, da castração do Outro, esvaziando-o de gozo. Para o neurótico o Outro é castrado, é um “deserto de gozo”. Para o psicótico o Outro não é barrado o Outro goza, o que o submete a um gozo infinito, sem barreiras, sendo ele próprio o objeto de gozo do Outro. O sujeito da psicose para Lacan, citado por Quinet (2003), é o sujeito correlacionado ao gozo (S), a um Outro que dele goza. Calligaris (1989), entretanto, enfatiza que o que está foracluído é a função paterna e não os significantes relativos a essa função, ou seja, existem significantes paternos que fazem parte do saber singular do psicótico, mas este saber não está num lugar central organizador, como no neurótico. O que volta no Real em uma crise psicótica são esses significantes que tentam preencher a função paterna que está foracluída, são estes significantes que preencheriam a função paterna se o sujeito fosse neurótico. Assim, Calligaris se baseia no fenomenológico para estudar a clínica diferencial da psicose, o autor faz uma correlação entre a estrutura psicótica e a estrutura neurótica.
Como conseqüência desta foraclusão,