Esquizofrenia
RESUMO
A proposta deste artigo é dar um panorama geral sobre a esquizofrenia e as diferenças existentes entre os gêneros para vários aspectos deste transtorno.
PALAVRAS-CHAVE: Esquizofrenia, gênero, sintomatologia.
A esquizofrenia é uma doença grave, ou mais provavelmente um grupo de doenças, severamente debilitante, de evolução crônica, que afeta cerca de 1% da população mundial e incide com maior freqüência entre os adultos jovens (Lara e Vallada, 1993; Mari e Leitão, 2000).
É um transtorno que implica na reminiscência de sintomas psicóticos, tais como delírios, alucinações, desagregação do pensamento, deficiente ajuste e desempenho social, o que conduz a uma intensa utilização de serviços hospitalares, ambulatoriais e de atendimento emergencial. Geralmente compromete a vida do paciente, tornando-o frágil diante de situações estressantes, aumentando o risco de suicídio, e causando grande desgaste emocional à família destes pacientes (Shirakawa, Mari, Chaves, Hisatsugo, 1998).
Os últimos cinco anos trouxeram importantes avanços para o entendimento da esquizofrenia em três áreas principais: os avanços nas técnicas de imagens cerebrais; pesquisas envolvendo drogas antipsicóticas atípicas, particularmente a risperidona e a remoxiprida e o aumento no interesse pelos fatores psicossociais que afetam a esquizofrenia, incluindo aqueles que podem afetar o início, a recaída e o resultado do tratamento (Kaplan, Sadock e Grebb, 1997).
Entretanto, Jablensky (1988, citado por Chaves, Mari e Maluf, 1992, p. 51-52), nos lembra que apesar dos avanços tecnológicos da pesquisa biológica, nenhum marcador biológico e nenhum teste laboratorial é ainda capaz de identificar a esquizofrenia e seu diagnóstico permanece inteiramente dependente do julgamento clínico.
As diferentes estimativas de incidência da esquizofrenia sugerem a ocorrência de aproximadamente 4 novos casos por ano a cada 10.000 habitantes da população. Segundo Mari e Leitão