Esquematização O que é leitura, Maria Helena Martins
a. O mais comum é pensarmos em leitura de livros;
b. O ato de ler é usualmente relacionado com a escrita, e o leitor visto como decodificador da letra;
c. Não acrescentamos ao ato de ler algo mais de nós além do gesto mecânico de decifrar os sinais;
i. Se esses sinais não se ligam a nós de alguma forma, através de uma experiência, uma fantasia ou uma necessidade nossa, nos sentimos isolados do processo de comunicação que essas mensagens instauram – desligados. A tendência natural é ignorá-las ou rejeitá-las.
2. Quando e como começamos a ler
a. Os primeiros passos para aprender a ler é começar a compreender e dar sentido ao que e a quem nos cerca.
b. Trata-se de um processo natural, mas tão exigente e complexo como a própria vida. Fragmentado e constante como nossas experiências.
c. Ninguém ensina ninguém a ler; o aprendizado é, em última instância, solitário, embora se desencadeie e se desenvolva na convivência com outros e com o mundo.
d. Aprendemos a ler a partir do nosso contexto pessoal.
e. O conhecimento da língua não é o suficiente para a leitura se efetivar.
i. O leitor pré-existe à descoberta do significado das palavras escritas; foi-se configurando no decorrer das experiências de vida.
f. Temos a impressão de o mundo estar ao nosso alcance; não só podemos compreendê-lo, conviver com ele, mas até modificá-lo à medida que incorporamos experiências de leitura. Esse seria, digamos, o lado otimista e prazeroso do aprendizado da leitura.
g. A interação das condições interiores (subjetiva) e das exteriores (objetiva) é fundamental para desencadear e desenvolver a leitura.
3. Ampliando a noção de leitura
a. Se o conceito de leitura está geralmente restrito à decifração da escrita, sua aprendizagem, no entanto, liga-se por tradição, ao processo de formação global do indivíduo, à sua capacitação para o convívio e atuações social, política, econômica e cultural.
b. Muitos educadores não conseguiram superar a prática