Esquema O estudo da história e da literatura
1- O livro de Letícia Malard tem como tônica a contextualização político-social da literatura.
2- No Ensaio em questão, a autora aborda as identidades no fim do milênio através da perspectiva histórica e literária.
3- Apoia-se nas ideias de Balibar e Wallerstein sobre as identidades no fim do milênio.
Última década do milênio: desmantelamento do socialismo real; mundialização do mercado; horror econômico; hegemonia dos Estados Unidos.
O racismo não está em recesso mas progride na contemporaneidade apresentando-se como tradicionalmente o fez ou assumindo novas faces.
O universalismo da ideologia burguesa e seu humanismo são compatíveis com o sistema de hierarquias e exclusões que se travestem no racismo e no sexismo.
Wallerstein: Racismo: derivado da divisão da força de trabalho entre o centro e a periferia; Sexismo: originado da oposição entre o trabalho do homem e o não trabalho da mulher
Balibar: Racismo: A sua específica articulação está dentro do nacionalismo. A universalidade existe paradoxalmente dentro do racismo. Estuda o modo como as exclusões do passado são transferidas para o presente. Como se dá o neo-racismo ou pós-racismo.
4- Malard propõe rastrear esses traços na literatura brasileira. (A questão das identidades é abordada a partir de seu viés racial) - Gregório de Matos
Prostituição e sensualismo das negras e mulatas;
Papel social dos negros na sociedade colonial baiana.
“Jeito de ser mulato” (sem pureza de sangue; realiza atividades manuais e de feitor; pecuarista; puxa-saco; ousado)
O negro puro não está em cogitação poética individualizada.
O escravo é configurado e ridicularizado em quadros coletivos (coisificação).
Kothe: O econômico é análogo ao poder. Analisa pelo viés do poder e não do econômico. Enxerga na poesia de Gregório um