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Pesquisadores brasileiros fizeram uma revisão de literatura que mostra a evolução da doença em uma década, de 2000 a 2010. Levantamento de dados epidemiológicos demonstra necessidade de intensificar as medidas de combate ao mosquito. Em Minas, mais de 80% dos focos de Aedes aegypti encontram-se dentro dos domicílios. O Ministério da Saúde divulgou em meados de março uma redução de 80% nos casos de dengue registrados no país no primeiro bimestre de 2014 em relação a 2013 (relembre). Para contextualizar a boa notícia, é importante lembrar que, no ano passado, a transmissão da doença superou todas as experiências anteriores no Brasil: foram notificados dois milhões de casos. O dado positivo também vem perdendo força com notícias que chegam de São Paulo. No início de abril, a capital paulista assistiu a um aumento de 55% no número de casos de dengue em uma semana e a incidência da doença até o início deste mês cresceu 42% na comparação com o mesmo período de 2013. Em Minas, até o momento, foram confirmados 8.029 casos e sete mortes pela doença. No Brasil, além de a incidência da doença estar numa crescente do ponto de vista global, a gravidade dos casos também aumenta. Pesquisadores brasileiros se debruçaram em 51 estudos realizados entre 2000 e 2010 com o objetivo de compreender o comportamento da doença no país. Publicado no periódico científico PLOS Neglected Tropical Diseases com o título Epidemiological Trends of Dengue Disease in Brazil (2000–2010): A Systematic Literature Search and Analysis a pesquisa mostra que o número de mortes e a quantidade de hospitalizações têm crescido em razão não só da alta incidência da doença, mas também em função da circulação simultânea dos quatro sorotipos do vírus no país. No período analisado foram contabilizados 8,44 milhões de casos – o maior volume em todo o continente americano entre 2000 e 2010 -, sendo 221 mil casos graves, com mais de 3 mil mortes.
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