Espetáculo
As principais características do concerto na Era clássica, o qual é tomado como modelo até os dias atuais, são: • Três movimentos, dos quais o primeiro é rápido, na forma-sonata, o segundo é lento (sob qualquer forma) e o terceiro, novamente rápido, em rondó; • Instrumental, ou seja, o grupo que faz o acompanhamento é geralmente uma orquestra completa, uma orquestra de cordas ou uma orquestra de câmara.
No Romantismo, os concertos passaram a ter como propósito explorar o virtuosismo, ou seja, a potencialidade dos solistas. A partir daí, surgiram modificações no esquema clássico do concerto, como por exemplo: • Menor número de movimentos: O número de movimentos do concerto diminuiu. Surgiram concertos com dois movimentos (Concerto para violino nº 1, de Béla Bartók; Concerto para clarineta, de Aaron Copland) e até com um movimento (Concerto para piano nº 2, de Franz Liszt; Concerto para piano e orquestra, de Arnold Schönberg; Concerto para piano com a mão direita, de Maurice Ravel). • Maior número de movimentos: A estrutura clássica também aumentou e deu espaço a composições com quatro movimentos (Concerto para piano nº 1, de Johannes Brahms; Concerto para violino nº 1, de Dmitri Shostakovich; Concerto para violino, de Igor Stravinski; Concierto heroico, de Joaquin Rodrigo) e mesmo cinco movimentos (Concerto para piano e Concerto para violino, de György Ligeti; Concerto para piano nº 5, de Sergei Prokofiev). • Utilização de instrumentos incomuns: O solista no concerto clássico era um instrumento da própria orquestra. Após o Romantismo, instrumentos de todos os tipos foram incorporados ao concerto. Um exemplo famoso é o Concierto de Aranjuez, de Joaquin Rodrigo, escrito para violão. Além desse, temos ainda o Concerto para gaita, de Heitor Villa-Lobos; Concerto para ondas martenot, de André Jolivet; o "Concerto for Group and Orchestra", de Jon Lord (executado com o Deep Purple), o Concerto suíte para guitarra elétrica e