Especificidade do objeto sociológico - Durkheim
Segundo Durkheim, a sociedade mais do que uma soma, é uma síntese e, por isso, não se encontram em casa um desses elementos, assim como os diferentes aspectos da vida não se acham decompostos nos átomos contidos na célula: a vida está no todo e não nas partes.
Os fenômenos que constituem a sociedade tem sua origem na coletividade e não em cada um dos seus participantes. É nela que se deve buscar as explicações para os fatos sociais e não nas consciências particulares.
O fato social é dotado de vida própria.
Fatos sociais: Modo de vestir-se, dançar, agir, rir, negociar, conversar, modos de circulação de pessoas e mercadorias, etc. Essas coisas coagem os membros da sociedade de modo externo, por isso são fatos sociais.
“Maneiras de fazer ou de pensar, reconhecíveis pela particularidade de serem suscetíveis de exercer influências coercitivas sobre as consciências particulares.”
“O devoto, antes de nascer, encontra prontas as crenças e as práticas da vida religiosa; existindo antes dele, é porque existem fora dele.”
Se as maneiras de agir e sentir próprias de uma sociedade precisam ser transmitidas por meio da aprendizagem é porque são externas ao individuo.
“A educação cria no homem um ser novo.” É nasce dai um ser superior aquela puramente natural.
Outro componente fundamental do conjunto dos fatos sociais são os valores de uma sociedade. Eles também possuem uma realidade objetiva, independente do sentimento ou da importância que alguém individualmente lhes dá; não necessitam expressar-se por meio de uma pessoa em particular ou que esta esteja de acordo com eles.
Um exemplo de coerção que Durkheim nos traz é de que, desde muito pequenas, as crianças são constrangidas (ou educadas) a seguir horários, a desenvolver certos comportamentos e maneiras de ser, e mais tarde a trabalhar. Com o tempo, as crianças vão adquirindo os hábitos que lhe são ensinado ( ou impostos) deixando de sentir a coação,