Especialização
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO SAÚDE DA FAMÍLIA
PLANEJAMENTO FAMILIAR: MITOS E REALIDADES.
ANA GERUZA HOLANDA BESSA ALVES
Fortaleza – Ceará 2012
ANA GERUZA HOLANDA BESSA ALVES
PLANEJAMENTO FAMILIAR: MITOS E REALIDADES.
Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Saúde da Família na Faculdade Ateneu, como requisito para a obtenção do título de Especialista.
Orientadora: Maria Goreti Macêdo Lôbo de Andrade MS
Fortaleza – Ceará
2012
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
1. PLANEJAMENTO FAMILIAR NO BRASIL. 2. O MITO DO PLANEJAMENTO FAMILIAR ENQUANTO RESPONSABILIDADE DA MULHER.
2.1 A IMPOSIÇÃO SOCIAL DA MATERNIDADE.
2.2 INSERÇÃO MASCULINA NO PLANEJAMENTO FAMILIAR.
3. PROPOSTAS, AÇÕES E FRAGILIDADES DO PLANEJAMENTO FAMILIAR NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA.
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
INTRODUÇÃO
Por cerca de 450 anos o Brasil manteve uma cultura familista e pró-natalista (ALVES, 2004). Havia incentivo a uma fecundidade elevada em razão das altas taxas de mortalidade, dos interesses da colonização portuguesa, da expansão da ocupação territorial e do crescimento do mercado interno, visto que, até a metade do século XX, poucas famílias brasileiras tinham menos que cinco ou seis filhos.
O código civil de 1916 colocava a mulher, enquanto cidadã, em situação desigual em relação ao homem na sociedade, mas fortalecia os padrões patriarcais de família. Durante o período do Estado Novo (1937 – 1945) no governo Getúlio Vargas, foram adotados dispositivos legais para fortalecer a família numerosa, por meio de diversas medidas: regulamentação e desestímulo ao trabalho feminino, adicional do imposto de renda incidindo sobre os solteiros ou casados sem filhos, facilidades para aquisição de casa própria aos