Tendência Tecnicista A década de sessenta foi uma época de grandes transformações, como protestos estudantis, movimentos de contracultura, movimento feminista, liberação sexual, movimento dos direitos civis nos Estados Unidos, luta contra o regime militar no Brasil, entre outros. Não é coincidência que surgissem, também nessa época linhas de pensamento opostas à estrutura da educação tradicional (SILVA, 1999). Segundo Ghiraldelli (2001), identificam-se muitas características tecnicistas desde o movimento da escola nova em meados dos anos 20 e 30, sendo claramente notável no escolanovismo piagetiano dos anos 60 e 70. O tecnicismo enquanto movimento surgiu nos Estados Unidos durante a segunda metade do século XX e no Brasil a partir do golpe militar em 1964, influenciado principalmente pelas correntes positivista de Comte e behaviorista de Skinner (GARCIA, 2005). Durante a década de 70, a tendência tecnicista cresceu com características próprias, passando a ser considerada a Pedagogia Oficial, sendo notória nas bibliografias adotadas nos concursos públicos para atuação no magistério, também as publicações pedagógicas tecnicistas obtiveram um aumento considerável. Apesar do volume de publicações nesta época, o debate filosófico ficou reduzido no campo educacional, debates como Skinner versus Piaget centralizava a atenção do grupo dos professorados. O positivismo é uma corrente filosófica iniciada por Augusto Comte que propõe que somente os conhecimentos baseados em fatos observáveis podem ser considerados reais; e as leis que regem os fenômenos podem ser apreendidas por meio da observação e do raciocínio. O positivismo redunda no cientificismo: o método científico (a observação e experimentação) passa a ser estendido para outros campos do conhecimento e da atividade humana. Aplicando-se o positivismo ao estudo do comportamento humano, temos as concepções deterministas, que aplicam ao comportamento as mesmas leis invariáveis que regem os fenômenos