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NOVUM ORGNUM de FRANCIS BACON; Resenha
RESUMO: Esta resenha busca destacar alguns pontos da filosofia de Francis Bacon, apresentadas no livro I do “Novum Organum ou verdadeiras indicações acerca da interpretação da natureza”, publicado originalmente em 1620. Pretendemos apresentar algumas críticas de Bacon a tradição contemplativa que predominava na construção do conhecimento desde o período antigo e analisar estas críticas com a possível relação que elas estabelecem com uma nova proposta de construção do conhecimento, edificado na base empírica e experimental.
Introdução
Por acreditarmos que o conhecimento prévio, mesmo que razoável, sobre um determinado autor e sua vida, torna maior a possibilidade de compreensão sobre o seu pensamento e seu tempo, apresentaremos então um conciso histórico de Francis Bacon para iniciarmos nosso estudo. O autor do Novum Organum nasceu em Londres no ano de 1561, nesse contexto a Inglaterra era um país que já apresentava características de mudança na sua ordem econômica e social, já se afastando dos laços da tradição medieval e entrando no que muitos historiadores caracterizam como época moderna.
Os pais de Bacon haviam ocupado altos cargos públicos, seu pai Nicolas Bacon, foi Guarda do Grande Selo no reinado de Elizabeth e por isso pode oferecer ao filho uma educação que lhe possibilitasse acesso a tal posição um dia, em 1580 ingressa no Instituto Graysinn, para estudar direito (CORBIESIER, 1997). Depois de concluir os estudos Bacon seguiu na carreira política, no reinado de Jaime I, chegou a ocupar o cargo de chanceler, em 1618. Segundo Galvão (2007) os biógrafos de Bacon se referem com freqüência aos seus desvios de conduta ética quando ocupava um cargo público. Em 1621, foi acusado de receber dinheiro para decidir um processo, o que o levou a privar-se de seu cargo, ainda foi condenado a pagar uma multa que prejudicou radicalmente sua vida financeira.
No entanto, neste texto o que mais