Espaços não Democráticos
HUMANAS: INTERRELAÇÕES SEGREGADAS
O artigo aborda a problemática da ordenação racionalista na produção do espaço urbano, através do poder que controla a cidade, esquadrinha e domina seus espaços, explorando as situações diretamente ligadas às questões comunitárias e individuais, que envolvem a integração humana ao espaço urbano onde está inserido o cidadão tratam o problema da moradia, evidentemente isolados das questões sociais e da política urbana vêm à tona a partir das patentes exclusões sociais, territoriais e urbanísticas, que levam a atingir altos níveis, comportamentais, de miséria social em nossas cidades.
formação de cidade segmentada se apresenta no território sob várias morfologias, concentrando incrementos econômico/demográficos em algumas regiões e esvaziando as demais, fazendo com que as qualidades urbanísticas se acumulem em 5 setores restritos. Os terrenos que a lei permite urbanizar estão reservados ao restrito círculo dos que possuem recursos. Essa situação de exclusão é agente de reprodução dessa desigualdade constituinte da cidade dividida entre a porção legal rica e a ilegal precária. Dessa forma, a população que está em situação desfavorável acaba tendo muito pouco acesso a oportunidades de trabalho, cultura ou lazer, contrapondo ao real direito à cidade que não é apenas aceder e instalar-se nela, mas a garantia de poder usufruir dos equipamentos, serviços, à vida e a cultura urbana, inclusive à diferença, dentro de uma cidade homogeneizadora. As oportunidades de crescimento circulam nos meios daqueles que já vivem melhor, pois a sobreposição das diversas dimensões da exclusão incidindo sobre a mesma população fazem com que a permeabilidade entre as duas partes seja muito pequena.
O que permanece na cidade do capital é a luta pela apropriação do espaço urbano e a ação do Estado é a expressão mórbida de forças engajadas em tornar o espaço urbano em uma mercadoria cujo preço é estabelecido em função