ESPAÇO URBANO PARQUE DAS AGUAS
O espaço é um produto da sociedade, nele se reflete a maneira como a sociedade esta organizada. O espaço como um todo se torna um lugar da reprodução da vida como um todo, objetivamente e subjetivamente, criando vínculos com o espaço de sua moradia.
O Estado através de seus projetos habitacionais intervém no espaço criando novos bairros de moradia popular para atender a demanda por habitação. Com a criação desses bairros, famílias de diferentes lugares e culturas vão ocupar o mesmo espaço, perdendo vinculo com suas tradições agregadas ao local de origem. Com o encontro de diferenças culturas pode resultar em conflitos nesses bairros, fazendo com que a população se sinta insegura em sua própria moradia. A localização desses bairros geralmente são em áreas periféricas, longe da região central, áreas de comércio e serviço, com difícil acesso ao transporte público.
Para desenvolver o mercado do solo urbano, os agentes tem um papel fundamental para a sua reprodução. No caso do condomínio Colina de São Pedro e Parque das Águas, que são habitações populares, seus agentes são o Estado, financeiras e o incorporadores. O Estado como modelador do espaço promove licitações para que as construtoras sejam contratadas para desenvolverem seus projetos. Essas construções são padronizadas, com estrutura de baixa qualidade em metragem definida em pequena metragem. Para que a população de baixa renda possa adquirir seus imóveis, o governo através das financiadoras subsidia a compra de sua moradia, financiando com baixas prestações que serão pagas ao longo dos anos.
O Parque das Águas e o Colina de São Pedro, por serem habitações populares, se localizam nas periferias da cidade, fazendo com o que sejam mais segregados no espaço urbano. Por suas condições financeiras a população destes bairros não podem escolher onde habitar, pois os modeladores do espaço urbano excluem essa parcela da sociedade.