Escritores da Liberdade Resenha
O roteiro do filme Escritores da Liberdade expõem de forma alarmante temas dentro da estrutura educacional e social, em que as “políticas” de democratização ao acesso a educação ocorre de maneira a suscitar desigualdades e injustiças. A situação fica clara quando o sistema separa os alunos inteligentes dos considerados como problemáticos, sem analisar o verdadeiro potencial do aluno. Sua turma composta por adolescentes que possuem em seu contexto histórico, social, cultural, uma infância frustrada, marcada pelo medo e que cresceram totalmente desacreditados na vida, devido a situações de conflitos entre raças nos bairros pobres de Los Angeles.
Através desse projeto os alunos deram um salto qualitativo no processo de ensino/aprendizagem, passaram a ser construtores de conhecimento e de sua própria história. As produções literárias dos alunos resultaram em um livro intitulado “O Diário dos Escritores da Liberdade”, e foi lançado em 1999 nos Estados Unidos.
No que se refere às atitudes dos professores que venham a contribuir para a melhoria da relação professor-aluno, o filme destaca bem o que muitos estudos já nos indicam: que um dos caminhos para que a escola avance pedagogicamente é justamente procurar criar maior possibilidade de discussão e diálogo com os jovens, em prol do desenvolvimento e resgate de valores, em que o respeito à diversidade e a tolerância, sejam vistos como condições fundamentais para se viver harmonicamente em sociedade. O que foi muito bem enfatizado no contexto das relações entre professor e aluno em Escritores da Liberdade.
Contudo, ao examinarmos as relações sociais do contexto escolar mostrado no filme, poderemos constatar a existência de violências que também eram produzidas por funcionários da escola, visto que reforçavam estereótipos e discursos que vitimizavam os alunos por meio da violência simbólica. Nessa perspectiva, a