Escravizando o impossível

1829 palavras 8 páginas
Escravizando o impossível: vencer, vencer, vencer!

Não à toa, quem realmente é rubro-negro se diz “doente”. Foi numa casa, cujo número 22 representa a “loucura” nos chavões populares, em 17 de novembro de 1895, que catorze rapazes, cansados de verem os remadores do Botafogo atravessarem a baía de Guanabara para vencerem regatas e conquistarem as moças que as acompanhavam, fundaram o Clube de Regatas do Flamengo. Em homenagem à República, quase recém-nascida, adotaram o 15 de novembro como data oficial de fundação. Dignos representantes das camadas populares do Rio de Janeiro dos fins do século XIX, os remadores do Flamengo vestiam azul e ouro até 1898, ano em que as tradicionais vermelho e preto foram adotadas como cores oficiais, e a rivalidade com o Vasco da Gama, clube de regatas que representava a colônia portuguesa, nasceu. Ao final da primeira década do século XX, o Ro de Janeiro estava tomado por uma nova febre, bem diferente da amarela que matara aproximadamente 20.000 pessoas no verão anterior à fundação do rubro-negro carioca: era o futebol contagiando a população e apresentando, entre tantos novos clubes que surgiam, o Fluminense como grande destaque. Após uma desavença entre nove jogadores e o então presidente tricolor, surge o futebol do Flamengo em 24 de dezembro de 1911. Em sua estreia oficial, goleada sobre os operários de fábricas de chapéus do time do Mangueira: 16 x 2 no campo do América em 03 de maio de 1912. O primeiro Fla-Flu, que “nasceu quarenta minutos antes do nada”, nas palavras de Nélson Rodrigues, terminou 3 x 2 para o Flu. Entretanto, em 1914 começa a história de conquistas e glórias do Clube de Regatas do Flamengo com seu primeiro título: o campeonato Estadual. Após esses dois parágrafos de introdução sobre a fundação e o início de história do Flamengo, chagamos ao ponto de estudo deste texto: o time campeão Mundial de Clubes de 1981. Formado em sua base por: Raul; Leandro, Marinho, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio e Zico;

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