Escravidão

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ESCRAVIDÃO DOS ÍNDIOS E NEGROS NO SÉCULO XVI NO BRASIL por Aníbal de Almeida Fernandes em Outubro de 2003
No início da colonização do Brasil, então conhecido como Província de Santa Cruz a estratégia visando implementar a sistemática ocupação da terra, de maneira regular e economicamente produtiva, estava baseada na cana de açúcar ou no gado criado, tanto para o serviço de transporte/tração nas fazendas e engenhos, quanto para a alimentação gado este vindo de Cabo Verde já a partir de 1550.
Havia pois, a necessidade premente de obter mantimentos (mandioca, pesca e caça) que permitissem a sobrevivência destes colonos e a ampliação deste sistema produtivo o que tornou imperativo a utilização de mão de obra indígena, vital para a fixação do português cá no Brasil e a manutenção da terra descoberta nas mãos de Portugal.
Os portugueses estabeleceram fortes relações com alguns ameríndios, em especial os Tupiniquins, e usavam estes aliados para conseguir índios prisioneiros de guerra, no geral os Carijós (Guaranis), que eram, ou capturados por esses aliado ou então, apresados em capturas com barcos no território desses índios não amigos como a grande apreensão de Carijós, por navios em 1547, que foram levados a São Vicente, na época conhecido um porto de Escravos intensamente movimentado.
Com a expansão dos engenhos de açúcar este tipo de obtenção de mão de obra mostrou-se insuficiente e os colonos acabaram recorrendo à escravização dos índios, gerando numerosas revoltas entre eles e uma campanha da Igreja com os jesuítas contrários ao uso do índio como escravo. Assim sendo, a partir do final de 1550 a obtenção da mão de obra indígena ficou restrita aos que eram capturados pela guerra justa, declarada pelo Governador Geral ou por ele autorizada.Neste caso, se não se conseguisse converter os índios pela sujeição pelo amor ou seja, aqueles que se recusassem reiteradamente à evangelização ou que matassem e comessem cristãos aí então esses índios poderiam ser

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