Contabilidade
CAPÍTULO I
1. Introdução
Vivemos atualmente no mundo um momento de grandes transformações, que vem provocando avanços nos procedimentos e na forma de atuar da contabilidade. A expansão acelerada dos meios de comunicação e a disponibilidade crescente das informações, aliadas ao uso da Internet, agilizam as decisões mundiais dos fluxos de capital. Não remotas as vezes que esse fluxo de capital, facilitado pela agilidade de se obter informações, é gerenciado com intuitos especulativos provocando crises financeiras que proporcionam a redução de investimentos, o medo da aplicação em ações e, a insegurança do futuro.
As crises e falências de empresas americanas como, WorldCom, Enron e, mais recentemente, a falência do tradicional banco de investimento Lehman Brothers acompanhada da crise da General Motors (GM) e de outras empresas, provocaram desconfiança quanto a confiabilidade das informações contábeis. No Brasil tivemos a falência, no passado, do Banco Nacional, da Mesbla, da VARIG e, mas recentemente, a crise da SADIA e a do Banco Panamericano. São casos que demonstram que as ações dos administradores não condizem com as expectativas geradas pelos investidores.
A crise de 1929 também foi uma crise contábil, o que levou, nos EUA, a criação do Committee on Accounting Procedure – CAP e a emissão, posteriormente, de pronunciamentos sobre Princípios Fundamentais de Contabilidade, que hoje, por força da convergência, são denominados de Princípios de Contabilidade. No momento oportuno, abordaremos estes princípios correlacionando-os aos procedimentos contábeis a serem adotados.
A propósito, os princípios e as normas regulamentadoras não impediram que novas crises ocorressem, muitas provocadas por falhas nos procedimentos contábeis e, principalmente, por força das diversas interpretações da legislação mundial, algumas baseadas na influência anglo-saxão, estrutura legal common law e outras com influência