Escravidão no Brasil..........
O extermínio indígena pela resistência em prestar serviços aos colonizadores e a fuga desse índio para o interior ainda inexplorado fez surgir o interesse da Coroa e dos comerciantes no rendoso tráfico de escravos. Esses africanos vinham de diferentes lugares não falavam a mesma língua para isentar qualquer tipo de fuga. Os próprios reinos africanos escravizavam os prisioneiros de guerra para trocá-los por pólvora, fuzis, cavalos, fumo, tecidos e ferramentas.
Um navio negreiro levava em média quatrocentos africanos amontoados, mal alimentados e em péssimas condições de higiene. As viagens duravam de quarenta a sessenta dias e muitos morriam com doenças causadas pelos maus tratos. Mesmo assim, os portugueses lucravam com a venda dos negros. O preço dos cativos vendidos era dez vezes superior a todas as despesas das viagens.
Os negros eram contados como peças e examinados como bicho. Eram considerados o sexo, a idade, os dentes e o porte físico. Trabalhavam no engenho de catorze a dezessete horas por dia.
Alguns senhores valorizavam mais um cavalo do que meia dúzia de escravos. Durante a escravidão foram aplicados muitos castigos como açoite, palmatória, tronco, coleira de ferro e outros que coibiam as possibilidades de revoltas.
As famílias escravas das diversas regiões eram manipuladas e submissas às vontades de seus senhores. Talvez essa constituição fosse inexistente já que com o comércio interno os negros constantemente mudavam de engenho.
Os castigos físicos geravam grandes revoltas, porém os negros puderam formar as Irmandades para controlar e vigiar o que eles faziam nas horas livres. Essas irmandades tinham como tesoureiro apenas homens brancos com as desculpas de que sabiam ler e escrever.
Os escravos aproveitaram as celebrações do calendário cultural dos senhores para praticarem suas próprias tradições culturais. Cultuavam os santos católicos com outras