Escravidão contemporânea
A expressão escravidão moderna ou contemporânea possui sentido metafórico, pois não se trata mais de compra ou venda de pessoas. No entanto, os meios de comunicação em geral utilizam a expressão para designar aquelas relações de trabalho nas quais as pessoas são forçadas a exercer uma atividade contra sua vontade, sob ameaça, violência física e psicológica ou outras formas de intimidações. Muitas dessas formas de trabalho são acobertadas pela expressão trabalhos forçados, embora quase sempre impliquem o uso de violência.
Trabalho escravo é quando o trabalhador não consegue se desligar do patrão por fraude ou violência, quando é forçado a trabalhar contra sua vontade, quando é sujeito a condições desumanas de trabalho ou é obrigado a trabalhar tanto e por tantas horas que seu corpo não aguenta.
De acordo com o relatório global da Organização Internacional do Trabalho, as principais formas assumidas pela escravidão contemporânea são a prostituição e o trabalho forçados, este caracterizado como servidão por dívida.
Embora a escravidão tenha sido oficialmente extinta em 13 de maio de 1888, em 1995 o governo brasileiro reconheceu a existência de condições de trabalho análogas à escravidão no território nacional. A escravidão está profundamente ligada à pobreza extrema da população e ao isolamento geográfico dos trabalhadores.
No Brasil, país historicamente marcado por grandes desigualdades sociais, a escravidão contemporânea apresenta características particulares. No País, existem fazendeiros que utilizam mão de obra escrava para realizar derrubadas de matas nativas para formação de pasto, produzir carvão vegetal para a indústria siderúrgica, preparar o solo para o plantio de cana-de-açúcar, entre outras atividades agropecuárias.
A restrição da liberdade dos trabalhadores decorre dos seguintes fatores: da apreensão de documentos; da presença de guardas armados com comportamentos ameaçadores; das características geográficas do