Escravidao
DISCIPLINA DE HISTÓRIA
2º ANO – Prof.ª LARA ROCHO
TEXTO 2
Escravidão, tráfico de seres humanos e resistência escrava.
A escravidão africana
Quando os portugueses chegaram à costa da África no século XV, a escravidão era uma prática conhecida pelos africanos e desenvolvida entre estes, a Arábia e o Mediterrâneo. Naquela época, o continente africano estava organizado em diferentes estruturas políticas, econômicas e sociais, segundo as diversas etnias ou nações existentes. Havia inclusive reinos com poder centralizado e com uma economia em contato direto com o mundo exterior. Entre as atividades econômicas, além do tráfico de escravos, desenvolvia-se também o artesanato têxtil e o trabalho da metalurgia – influência advinda do contato com os muçulmanos.
Não obstante o fato de os africanos lidarem com a mão-de-obra e com o tráfico de escravos, na África e para os africanos, estas práticas mantinham características bastante diversas daquelas impostas pelos europeus. Os escravos africanos tinham diferentes origens e atribuições. A forma mais comum de obtenção de mão-de-obra escrava era através da guerra, mas os escravos também tinham origem na punição de crimes (dívidas, roubo, assassinato, feitiçaria, etc.) e no sequestro de crianças que eram vendidas já nessa condição. Os escravos eram empregados nos serviços domésticos, na agricultura e também na reprodução humana. O tratamento dispensado aos escravos variava conforme a região e os costumes de determinado grupo – podiam desempenhar tarefas em conjunto com seus senhores ou ficar à mercê de seus caprichos, sendo castigados fisicamente e até mortos. O tráfico de escravos na África era de pequena proporção se comparado à dimensão que tomou em mãos europeias, especificamente portuguesas, no decorrer dos séculos XV-XIX. Neste período, a escravidão que vigorou no império romano durante a antiguidade e que nunca desapareceu do ocidente, ganhou dos portugueses novo caráter