escravidao
O transporte dos escravos trazidos da África para o Brasil era realizado em navios negreiros. Vinham amontoados nos porões, em condições desumanas, muitos morriam antes de chegar ao destino, e para evitar a contaminação, os corpos eram jogados no mar.
Senzalas, maus tratos
Nas fazendas de açúcar ou nas minas de ouro (a partir do século XVIII), os escravos eram tratados da pior forma possível. Trabalhavam muito (de sol a sol), recebendo apenas trapos de roupa e uma alimentação de péssima qualidade. Passavam as noites nas senzalas. As senzalas eram galpões de porte médio ou grande onde os escravos passavam a noite. Estas senzalas eram construídas dentro da unidade de produção (engenho mina de ouro e fazenda de café). Eram habitações rústicas, feitas geralmente de madeira e barro, abafadas e desconfortáveis.
Os escravos dormiam no chão puro de terra batida ou sobre palha e normalmente passavam as noites acorrentados para evitar fugas. Os escravos eram constantemente castigados fisicamente. As razões para as punições eram as mais diversas, desde tentativas de fuga, desobediência, descontentamento do trabalho realizado, entre outras. No Brasil Colonial o açoite era a punição mais comum. Costuma haver na frente das senzalas um pelourinho (tronco usado para amarrar o escravo para a aplicação de castigos físicos).
Religião
Os escravos eram proibidos de praticar sua religião de origem africana ou de realizar suas festas e rituais africanos. Os senhores do engenho exigiam dos escravos que seguissem a religião católica. Entretanto, mesmo com todas as imposições e restrições, realizavam, escondidos, seus rituais, praticavam suas festas, mantiveram suas representações artísticas e até desenvolveram uma forma de luta: a capoeira. As mulheres negras também sofreram muito com a escravidão, embora os senhores de engenho utilizassem esta mão-de-obra, principalmente, para trabalhos domésticos. Cozinheiras, arrumadeiras e até mesmo amas de